Bernardo Sousa ao volante de um Peugeot 207 S 2000 venceu nas carismáticas especiais de Fafe, após intenso duelo com Ricardo Moura. Dois pilotos insulares, os últimos Campeões de Portugal de Ralis, animaram um público fantástico que fez renascer a lenda da “Catedral dos Ralis em Portugal”. Campeão Absoluto em 2011 e 2012, Ricardo Moura apresentou-se num terreno que não trata por tu ao volante do seu velho e fiel, mas também eficaz, Mitsubishi Lancer Evo IX do Agrupamento de Produção.
Moura conseguiu impor a sua lei, vencendo as duas primeiras especiais da prova, o que viria a surpreender Bernardo Sousa e Pedro Meireles, pilotos que dispunham dos fortes argumentos de carros S 2000. Depois, de forma evidente e natural, Bernardo Sousa, Campeão de Portugal de Ralis em 2010 acabou por se adaptar à condução do seu Peugeot S 2000, impondo os argumentos de um carro nitidamente superior. Só um azar poderia vir a tirar a vitória anunciada do piloto madeirense, que teve no açoriano Ricardo Moura um adversário de respeito até perto do final da prova, acabando por ser um brilhante 2º classificado.
Fantásticos regressos para Pedro Meireles ao volante de um Skoda Fabia S 2000, que viria a terminar o rali no 3º lugar à frente de José Pedro Fontes (Subaru Impreza) e de Miguel Campos (Mitsubishi Lancer Evo X). Fernando Peres também regressado ao CPR, andou na luta pelo quarto lugar, mas acabou por desistir no penúltimo troço da prova com problemas na ponteira da direcção do seu EVO IX.
E se a vitória de Bernardo Sousa acabou por ser natural, é verdade que também se esperava muito mais do Skoda Fabia tripulado por Pedro Meireles. Quanto ao Agrupamento de Produção, Ricardo Moura não deu qualquer hipóteses a uma forte concorrência. Nas duas rodas motrizes, a vitória pertenceu a Ricardo Marques num Citroen C2 R2.
Fafe voltou a viver as emoções de um grande rali. Muito público e o regresso de bons carros e velhos senhores dos ralis em Portugal. Espera-se sinceramente que seja para continuar.
por: António Xavier