Sébastien Ogier
Invicto. Totalista. Imbatível. Estes são apenas três pergaminhos que se aplicam em pleno a Sébastien Ogier, bicampeão do Mundo de ralis. O francês da Volkswagen voltou a mostrar no México que em condições normais, não há quem o consiga bater nesta especialidade. E por isso, foi com naturalidade que o piloto de Gap venceu a terceira prova do campeonato e deixou Mads Ostberg (Citroën) a 1m18,8s de diferença na segunda posição e Andreas Mikkelsen, também em Volkswagen, que acabou em terceiro a 1m25,1s.
Numa prova repleta de acidentes e problemas para grande parte dos concorrentes, Ogier esteve, mais uma vez, irrepreensível. E com um desempenho tão elevado, caminhou para o primeiro lugar. O francês atingiu a perfeição quando carimbou o melhor tempo na power stage e somou o máximo de pontos extra atribuídos nessa classificativa.
Com Ogier tranquilo na frente, as atenções centraram-se na luta pelo segundo lugar em que Ostberg bateu o seu compatriota Mikkelsen por 6,3s. Na Volkswagen, Jari-Matti Latvala saiu do México frustrado. O finlandês andou quase sempre em segundo e tentou dar luta ao campeão do Mundo. Mas acabou por sair de estrada e abandonou. “Vou esquecer o campeonato, concentrar-me rali a rali e ver onde estamos no final do ano. É a única coisa que posso fazer”, afirmou o piloto admitindo que está praticamente fora da luta pelo título.
Já o líder do Mundial, admite que está a viver um sonho. “Ter esta vantagem ao fim de três ralis é algum que nunca tinha sonhado. Nem tenho palavras para descrever este início de temporada e em particular este fim-de-semana”, disse o campeão do Mundo.
Na M-Sport, a equipa celebrou o feito de Elfyn Evans que, ao ser quarto, igualou o melhor resultado alguma vez alcançado no WRC. Contudo, os protagonistas foram mesmo Ott Tanak e o seu co-piloto, bem como os técnicos que recuperar o Ford Fiesta em três horas depois de este ter estado dez horas submerso numa barragem.
A Hyundai sentiu inúmeros problemas, mas salvou a honra com o quinto posto de Dani Sordo. Neuville e Paddon terminaram mas bastante atrasados devido aos acidentes que sofreram durante a prova. O mesmo aconteceu com Kris Meeke. O piloto não foi além do 15º posto após ter batido com o DS3 WRC.
Com tantas baixas entre os homens da frente, Martin Prokop foi o melhor privado e sexto da geral. Logo atrás de si ficou Nasser Al-Attiyah, que venceu o WRC2.
O campeonato ruma, agora, à América do Sul, com o Rali da Argentina a realizar-se entre os dias 23 e 26 do próximo mês.
por: João Picado
