Foi uma excelente propaganda de Portugal e mais um sinal de maturidade sobre a qualidade organizativa dos portugueses. Um grande espetáculo do desporto automóvel, com duas corridas distintas. A primeira foi demasiado calma e a segunda demasiado atribulada. Nada que não se tenha visto em diversos circuitos, um pouco por todo o mundo. No entanto um fator comum às duas corridas. O domínio da Citroen, que fez duas dobradinhas. Primeiro com o triunfo de José Maria López seguido por Sébastien Loeb, depois com uma vitória chinesa (que até está na moda) com Ma Qing Hua à frente de Yvan Muller. A Honda subiu por duas vezes ao 3º lugar do pódio. Primeiro com Norbert Michelisz, depois com Gabriele Tarquini. Uma história que se repete e que só entristeceu os milhares de portugueses presentes em Vila Real, porque Tiago Monteiro esteve muito longe do que se ansiava. Monteiro foi 5º na corrida inaugural e depois desistiu pouco metros depois da partida ao ser entalado por dois Lada. E é incrível que tenha sido em Portugal que o piloto luso tenha deixado de ser o melhor piloto Honda do WTCC, ou se quiserem o melhor piloto não Citroen deste Campeonato do Mundo de Carros de Turismo. Agora é outro Honda Civic que ocupa esse lugar, mas o de Norbert Michelisz que, em Vila Real, arrancou um 3º e um 4º lugar. A lei da Citroen não dá grandes hipóteses no mundo do WTCC, onde até Loeb saiu acidentado na 2º corrida de Vila Real, deixando López no 5º lugar e o Lada de Nicky Catsburg no 6º lugar, à frente do Chevrolet Cruze de Hugo Valente e do Honda de Nestor Girolami. Um Circuito Internacional de Vila Real bem visto pelo mundo fora, com os Citroen C-Elysée bem lançados no WTCC, assim como o argentino José Maria lópez, que se prepara para saborear mais um título mundial.
por: António Xavier
