Onze motos, 33 automóveis e três camiões desfilaram esta manhã pelas praias a norte de Dakar, cumprindo os derradeiros 23 quilómetros cronometrados da edição 2012 do “Africa Race” até ao Lago Rosa, onde teve lugar a cerimónia pública de consagração do “comboio dos duros”, já que chegar ao fim desperta em todos os que o conseguiram um sentimento comum, mais forte que as emoções dos vencedores das diversas categorias.
Única equipa portuguesa presente, Elisabete Jacinto, José Marques e Marco Cochinho confirmaram à chegada a Dakar o quarto lugar absoluto da classificação conjunta dos automóveis e camiões, rubricando nesta etapa final também a quarta posição, atrás do Tatra de Tomas Tomecek (segundo absoluto e melhor dos camiões), da pickup Overdrive de Jacques Loomans (terceiro final) e do buggy de Jean-Louis Schlesser, que somou uma vez mais a vitória, conquistada com quase três horas de avanço.
Usando pela primeira vez o slogan “no rasto de Thierry Sabine”, invocando a herança do criador do Rali Dakar, o “Africa Race” prossegue a tentativa de obter notoriedade como uma grande competição internacional de todo-o-terreno. Mas não basta seguir até Dakar, como antigamente, pois a escassez de participantes, a quase total ausência de pilotos de nível elevado (Elisabete Jacinto, Schlesser e Tomas Tomecek são, de longe, os nomes mais conhecidos entre a caravana) e uma organização de credibilidade duvidosa, dada a influência exercida por Jean-Louis Schlesser, são obstáculos que continuam por superar e que impedem que a prova possa rivalizar com o “Dakar”…
Classificação Final
por: Alexandre Correia