O oito vezes campeão do Mundo de ralis, Sébastien Loeb, começou a temporada de 2012 da melhor maneira com uma vitória no Rali de Monte Carlo. O francês ganhou a 80ª edição da mítica prova, naquele que foi o seu sexto triunfo. O piloto da Citroën teve uma tremenda batalha com Jari-Matti Latvala mas que apenas durou quatro troços porque o finlandês da Ford acabou por abandonar depois de um capotanço. A partir daí, Loeb limitou-se a gerir a vantagem, que cresceu gradualmente até aos 2m45,5s sobre Dani Sordo.
O espanhol mostrou como o Mini WRC pode ser competitivo em ralis de asfalto, principalmente quando é pilotado por si. Sordo foi o protagonista de um tremendo duelo com Petter Solberg e acabou por se superiorizar, depois do norueguês ter errado na escolha dos pneus para a última ronda de troços da terceira etapa.
A partir daí, Solberg, que regressou à equipa oficial da Ford 12 anos depois, contentou-se com o terceiro posto, o que foi, ainda assim, um excelente resultado e o deixa muito moralizado para a próxima prova do Mundial, o Rali da Suécia, que se realiza no início de fevereiro.
O vencedor, Loeb, disse, no final, “que o início não podia ser melhor. Foi um excelente começo de época e logo em Monte Carlo. Obter o máximo de pontos é muito bom. Foi o arranque de campeonato perfeito”.
Mikko Hirvonen também trocou de equipa. Na primeira prova com a Citroën, o finlandês passou os dois primeiros dias a adaptar-se melhor ao DS3 WRC mas quando o fez acabou por rubricar excelentes tempos e vencer alguns troços. No final, Hirvonen estava muito satisfeito com a evolução e com o quarto lugar.
Evgeny Novikov também esteve em destaque porque foi sempre muito consistente e teve o quinto lugar como prémio. Destaque, ainda, para o sexto posto do veterano François Delecour. Aos 49 anos, o francês que já venceu em Monte Carlo regressou aos comandos de um WRC e andou sempre entre os primeiros. No final ainda deu uma “prenda” ao seu copiloto, Dominique Savignoni. Este foi o seu último rali na carreira e, para marcar esse momento, o navegador fez a derradeira especial ao volante, enquanto Delecour teve de ditar as notas “numa tarefa muito difícil”, exclamou o piloto.
O mesmo aconteceu com Pierre Campana que, depois de algumas provas com o Mini WRC em 2011, desta vez “vestiu” as cores oficiais e acabou em sétimo. Ott Tanak fechou o lote dos oito primeiros e comprovou todo o potencial que tem vindo a demonstrar nos últimos dois anos.
Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico – convertido pelo Lince.