A terceira prova do Campeonato de Portugal de Ralis terminou com uma monumental tempestade de granizo que viria a mexer com os destinos do rali. A derradeira especial do Rally Targa – Vieira do Minho foi disputada debaixo de uma bátega de granizo raramente vista em território nacional, que motivou diversos despistes e andamentos forçosamente brandos para muitos concorrentes.
Ricardo Moura e António Costa obtiveram uma saborosa vitória, apesar de um forte susto sofrido durante a quinta especial, quando o motor do Mitsubishi Lancer Evo IX com as cores dos Açores ficou a trabalhar a três cilindros. Apesar disso, e do imenso tempo perdido, Moura viria a solidificar o comando nas duas últimas especiais, acabando com quase dois minutos de vantagem frente a Pedro Peres, que regressou ao CPR na prova do Targa,
E se o Campeão de Portugal de Ralis esteve no comando da prova desde a segunda à última especial, o mesmo não se pode dizer do vencedor das duas rodas motrizes. Renato Pita e Alberto Silva chegaram à vitória depois do abandono de Ivo Nogueira na derradeira especial, devido à forte queda de granizo que provocou um inevitável despiste, tal como viria a acontecer com Paulo Neto e Miguel Barbosa na mesma especial. Ivo Nogueira dominou os destinos do CPR2 da primeira à penúltima especial de classificação, entregando a vitória a Pita, precisamente no derradeiro troço.
Em dia de estreia absoluta no CPR2, Renato Pita alcança uma vitória que ficará por certo gravada para sempre na sua memória, juntando ainda um inesperado terceiro lugar final em termos de classificação geral.
Se o Campeonato de Portugal de Ralis se debate com falta de equipas inscritas, a prova do Targa terminou apenas com quatro concorrentes portugueses classificados. Ricardo Moura consegue importante vitória em Vieira do Minho, com Pedro Peres a chegar ao segundo lugar, prometendo ser um sério candidato a incomodar o Campeão Nacional nas restante provas do calendário de 2012.
por: António Xavier
