Não temos dúvidas e esporadicamente surgem-nos oportunidade de confirma-lo: quanto mais os anos passam, melhor vai ficando o mais emblemático dos todo-o-terreno da Mercedes-Benz [uma consideração delicada, pois neste ponto rivaliza com um modelo ainda mais antigo, o Unimog.]: a Classe G conta já com 33 anos de produção e se aos 25 tinha a “morte” anunciada, agora, bem pelo contrário, os responsáveis por este produto da marca alemã asseguram que está para durar. E não é caso para menos, pois as vendas têm vindo a subir estrondosamente, praticamente quadruplicando de volume num espaço de apenas oito anos.
É importante esclarecer que se passou de um nível na ordem dos dois milhares de unidades para as cerca de oito mil estimadas este ano. Quarenta por cento destes veículos são versões preparadas artesanalmente pela AMG, o que quer dizer que custam no mínimo perto de 200 mil euros [o G 63AMG, com motor V8 de 544 CV custa precisamente 198.000 euros sem “extras”], em Portugal, mas podem chegar aos cerca de 340 mil, se a opção incidir no T.T. de produção em série mais potente de sempre, o G 65AMG, dotado de um V12 com 612 CV — e 1000 Nm de binário… —, que pode ser encomendado contra um cheque de 341.500 euros. Bastante mais barato é o G 350 BlueTECH, com motor turbodiesel V6 de 211 CV, que está disponível por 137.400 euros.
Infelizmente, para os incondicionais deste modelo, não está prevista a comercialização em Portugal da versão G Professional, que recorre ao mesmo motor, mas sem a tecnologia BlueTECH, baixando a potência para 184 CV, para além de trocar a caixa automática de 7 velocidades por uma outra do mesmo tipo com 5 relações, abdicando ainda de um dos três lugares atrás [para oferecer apenas dois, em bancos independentes], assim como de todos os equipamentos de luxo. Na verdade, o que faz mesmo a diferença entre o G e a generalidade dos modelos T.T. são as características próprias para enfrentar percursos com elevada dificuldade e vencê-los com a maior das facilidades. Os bloqueios dos três diferenciais e as redutoras são, naturalmente, uma referência.
Vem isto a propósito de mais uma sessão de condução ao volante destes modelos, que realizámos nos Alpes, tendo o Monte Branco como pano de fundo. Somente não pudemos guiar o G 65 AMG, que estava estacionado ao lado das restantes versões, mas apenas para olharmos para ele. Mas depois de termos feito marcha-atrás a meio de uma descida com 80 por cento de inclinação, já chegava de emoções fortes!…
Uma caravana insólita nos trilhos alpinos: três Mercedes-Benz G Profissional, a versão criada há dois anos para uso intensivo fora da estrada. E que uso lhes demos!…
Não é ainda o T.T. com mais anos de produção da história, mas em breve sê-lo-á, pois o veterano deixará de ser fabricado ainda este ano. Sabe de que modelo o G está prestes a herdar o título de T.T. mais antigo?
