Naquele que é considerado a catedral do automobilismo mundial, no circuito de Spa-Francorchamps, a Ocean Racing Technology teve um dos mais difíceis fins-de-semana de competição no ano de estreia na GP3 Series. Ao contrário do que vem sendo habitual, a equipa portuguesa foi vitima de uma série de incidentes, que não permitiu aos seus pilotos lutarem pelos lugares pontuáveis.
A primeira corrida resumiu-se a quatro voltas, depois do despiste de Robert Cregan, resultado de um toque de um adversário que o fez embater violentamente na barreira de pneus e obrigou à intervenção do ‘safety-car’ mas também da equipa médica que levou o piloto irlandês para o hospital. Cregan sofreu apenas algumas contusões pese embora tenha ficado impossibilitado de participar na segunda prova. Com isto, Kevin Ceccon que lutava por chegar aos lugares pontuáveis e já era 12º classificado depois de sair de 15º, viu a sua recuperação ficar por terra quando a corrida foi dada como concluída. Carmen Jorda também não teve grande margem de recuperação saindo e terminando no 26º lugar.
Na segunda prova, a equipa portuguesa com Kevin Ceccon estava a ser protagonista de uma excelente prova. O piloto italiano saiu da 12ª posição e no final da primeira volta já era sexto depois de um arranque brilhante. Porém, um toque de um adversário fê-lo sair de pista e cair para as últimas posições e não permitindo ir mais além do que o 20º lugar. Jorda terminou no 23º lugar.
Kevin Ceccon não escondia alguma frustração: “Na primeira corrida não houve muito que pudesse fazer. Era meu objetivo chegar aos lugares pontuáveis mas com o término prematuro da prova foi impossível. Na segunda corrida fiz um arranque notável que me colocou na sexta posição e em condições de continuar a subir lugares, mas levei um toque e deitou por terra todas as minhas aspirações. Na próxima semana, a última corrida da temporada, será a minha corrida em ‘casa’ e espero que tudo corra bem melhor que este fim-de-semana”, concluiu o italiano.
Carmen Jorda teve um fim-de-semana difícil, tal como viria a explicar: “O traçado de Spa é o mais exigente do Campeonato com cerca de sete quilómetros de extensão e onde um pequeno erro pode custar carro. Infelizmente fiz um pião na qualificação que não me permitiu estar tanto tempo em pista como gostaria para equilibrar o carro. A primeira corrida foi demasiado curta e na segunda estava a melhorar volta a volta. Agora estou focada no próximo fim-de-semana em Monza, um circuito muito rápido”, disse.
Robert Cregan está a melhorar das mazelas do acidente e esperar recuperar rápido: “Em relação à corrida não há muito a dizer. Fiz um bom arranque e subi algumas posições mas estava a ter problemas com a velocidade de ponta. Quando procurava recuperar mais um lugar na curva 10, um adversário tocou-me e levou-me a bater violentamente na barreira de pneus. Felizmente que fisicamente não foi nada de grave. Mas não quero deixar de agradecer à equipa médica do circuito e do hospital que me acompanhou que foi extraordinária mas também à equipa por me proporcionar sempre um carro competitivo”, referiu o irlandês.
José Guedes e Tiago Monteiro não escondiam a insatisfação: “Foi um fim-de-semana bastante difícil que esperamos não se volte a repetir. O acidente com o Robert deixou-nos bastante apreensivos mas felizmente que não teve qualquer impacto grave para o piloto. Depois, lamentamos o toque ao Kevin na segunda corrida quando estava, tal como nos tem habituado, a fazer uma excelente corrida e que nos iria permitir voltar a somar pontos e até quem sabe, chegar ao pódio. Agora é seguirmos em frente e continuarmos a fazer o nosso trabalho na última prova da época”, concluíram.
O próximo fim-de-semana de competição acontece dentro de uma semana no circuito italiano de Monza.
por: Comunicado de Imprensa