A visita a Saïda foi bem agradável, mas nunca pensámos que regressaríamos a esta cidade tão rapidamente: um par de horas apenas, foi quanto tardámos a voltar ao ponto de partida, abortando, literalmente, mais uma etapa desta viagem por terras libanesas.
A ideia era irmos até Tiro, última cidade costeira no sul, mas marcámos alojamento numa “guest house” situada na Estrada da Palestina, precisamente 200 metros depois do “check-point” onde o exército libanês verificava, um por um, todos os passantes. Mal chegámos a este posto de controlo, percebemos que não ia ser fácil passar, pois um grande cartaz, em inglês, anunciava claramente que a partir daquele ponto os estrangeiros só podiam passar mediante uma autorização especial.
As nossas dúvidas confirmaram-se quando o BMW X5 Xdrive35i parou junto aos militares: sem autorização, não podíamos prosseguir. E para consegui-la, foi preciso voltar para trás e procurar em Saïda pelo quartel militar onde funcionava o “Serviço de Inteligência”, que é o mesmo que dizer, a “secreta”. Quando por fim descobrimos onde era este quartel, já não estava ninguém que nos pudesse emitir a autorização. Portanto, não tivemos outro remédio senão adiar para o dia seguinte a exploração das terras junto à Palestina. Não foi, todavia, um sacrifício, pois gostámos de passear um pouco mais por Saïda. Aliás, começámos mesmo por fazer um pequeno passeio de barco pela baia em frente à cidade, para depois jantarmos tranquilamente na melhor esplanada da cidade, desfrutando de uma excelente vista sobre a baia e a longa marginal de Saïda.
por: Alexandre Correia