Areia e pedras foram os primeiros pisos em que tivémos oportunidade de conduzir o novo Range Rover. Primeiro com o TDV6, depois com a variante mais exclusiva da gama, o 5.0V8 Supercharged. Faltava ainda conduzir o STDV8, animado por um motor V8 turbodiesel de 4,4 litros que foi herdado da geração anterior, mas que no novo modelo se apresenta profundamente renovado, ganhando em potência, eficácia, consumos e emissões. Com 339 cavalos e 700 Nm de binário máximos, o STDV8 recebe agora uma caixa automática de oito velocidades ZF — novidade comum a toda a gama — que é uma das “armas secretas” do L405, contribuindo determinantemente quer para reduzir os consumos e emissões, quer ainda para incrementar o desempenho, que é notável! Meio termo entre o TDV6 de 3,0 litros e 258 cv e o 5.0V8 Supercharged de 510 cv, este turbodiesel de 4,4 litros revelou-se, sem surpresa, bastante equilibrado, pois muito embora não atinja as performances do topo de gama (o Supercharged tem uma velocidade maxima de 250 km/h limitada electronicamente…), é suficientemente rápido para que conduzí-lo seja um grande prazer, com a vantagem, muito importante, diga-se de passagem, de gastar muito menos combustivel.
Curiosamente, rolámos mais depressa nos estradões e pistas largas que encontrámos no percurso entre Essaouira e Marrakech, do que nos troços de estrada desta jornada, onde se não tivessemos sido cautelosos — entenda-se respeitadores dos limites de velocidade legais! — teríamos sido rudemente castigados por diversas vezes, “caçados” à distância por radares de controlo de velocidade operados por policias emboscados ou a partir de veículos não indentificados como carros da policia. Em Marrocos, como aqui em Portugal, a caça à multa é uma actividade bastante praticada. Mas só é caçado quem se põe a jeito. E apesar da enorme vontade de carregar a fundo no acelerador, abstivemo-nos de contribuir para financiar a coroa marroquina!…
Nos estradões e pistas entre Essaouira e Marrakech, em Marrocos, pudémos explorar as capacidades do mais rápido dos Range Rover, mas em estrada, os radares de controlo de velocidade espreitavam, como que aguardando os mais “distraídos”. Daí que experimentar ir até ao limite foi uma aventura arriscada…
por: Alexandre Correia