Pode sempre dizer-se que esta primeira etapa do “Dakar” 2013 é a menos importante das catorze, pois é verdade. Tal como é igual correcto afirmar-se que a corrida somente se inicia verdadeiramente amanhã. No entanto, hoje houve uma classificação e o certo é que embora não tivessem sido percorridos mais de 13 quilómetros em contra-relógio, a prova começou bem pior do que todos os pilotos portugueses esperavam. Nos automóveis, Carlos Sousa cansou-se se “avisar” que o Great Wall regrediu bastante desde o ano passado, mas talvez não acreditasse que ficaria em 20º, a quase um minuto do buggy de Carlos Sainz (na foto), que levou de vencida a “especial” de abertura, ao bater por oito segundo a Toyota Hilux do argentino Lúcio Alvarez.
Nas motos, onde todos os olhos estão postos em Hélder Rodrigues, para já o único representante português no “top ten” é precisamente aquele que menos liberdade para discutir um resultado terá: Rúben Faria, que tem de novo por missão apoiar Cyril Desprès e, se necessário, sacrificar-se para salvaguardar o seu chefe de equipa, o principal piloto da KTM, que hoje foi quinto, dois lugares melhor que o seu “mochileiro” algarvio, assistindo à vitória da KTM de Francisco “Chaleco” Lopez. Paulo Gonçalves foi o segundo mais rápido dos portugueses, obtendo o décimo terceiro lugar com a Husqvarna, seguindo-se a Honda de Hélder Rodrigues num modesto 29º posto, a 59 segundos do vencedor. O quinteto dos nossos “motards” completou-se com Pedro Bianchi Prata (Husqvarna) em 62º, somando mais de um minuto e meio de atraso para o líder, e a Suzuki de Mário Patrão no 70º lugar. Se contarmos com os navegadores, então podemos considerar que o melhor português é um destes, pois Filipe Palmeiro navegou o Mini do polaco Krzysztof Holowczyc até ao sexto lugar da classificação dos automóveis! amanhã há mais e já não são apenas 13 quilómetros para o público assistir de perto e aplaudir…
por: Alexandre Correia