Duelo Basso/Magalhães foi até ao fim
Giandomenico Basso e Lorenzo Granai levaram o Peugeot 207 S 2000 à vitória na edição de 2013 do Rali Vinho Madeira. Uma tarefa que nunca foi fácil para a equipa italiana, devido à prova extraordinária de Bruno Magalhães e Nuno Rodrigues da Silva, que também tripularam um Peugeot 207 S 2000. Sempre preocupados com o desgaste dos pneus e inferiorizados em relação aos seus principais adversários devido à diferença dos pneumáticos utilizados, Bruno Magalhães vendeu cara a derrota, efectuando uma 2ª etapa fantástica ao vencer cinco dos seis troços do dia, apesar de contar com alguma gestão italiana pelo avanço conseguido durante o dia de ontem. No total das 16 provas especiais de classificação, Basso obteve o triunfo em nove troços, enquanto Magalhães venceu sete. Mesmo admitindo que Giandomenico Basso tenha gerido os 20 segundos de vantagem à partida para este último dia de prova, é de sublinhar o esforço feito por Bruno Magalhães, que nunca desistiu de pressionar o italiano até aos últimos quilómetros do rali. No total, a vantagem de Basso em relação a Magalhães foi de apenas de 7,3 segundos, o que demonstra bem o itenso duelo que existiu entre os dois Peugeot 207 S 2000 que foram sempre os grandes favoritos a uma vitória na “Pérola do Atlântico”. E se os grandes culpados de Bruno Magalhães não ter assinado a sua terceira vitória consecutiva na Madeira, foram eventualmente os pneus utilizados pelos italianos, também é verdade que os cerca de onze segundos perdidos por Bruno Magalhães na manhã de ontem, devido a um furo lento, poderão ter marcado os destinos do rali. Ficou seguramente um duelo intenso entre dois grandes pilotos, com Giandomenico Basso a obter a 4ª vitória na Madeira, onde é considerado um dos melhores especialistas nestes dificies troços de asfalto.
No último lugar do pódio o madeirense Miguel Nunes, que com um Mitsubishi Lancer Evo X rubricou uma prova fabulosa, ficando à frente dos dois S 2000 de Pedro Meireles, que com o Skoda Fabia guardou um precioso 4º lugar à frente do Ford Fiesta do italiano Luca Betti, com mais de vinte segundos de vantagem.
Provas positivas para os madeirenses Filipe Freitas (6º), Filipe Pires (7º), Luís Serrado (8º ) e José Camacho (9º), e um grande rali para a única senhora presente nesta prova, pois ao volante de um Citroen C2, Sofia Correia conseguiu brilhar ao conseguir um muito positivo 10º lugar.
Um Rali Vinho Madeira com reflexos de crise, contando apenas com 33 concorrentes em prova e, entre eles, cinco “convidados” especiais: dois pilotos italianos, dois continentais e um ucraniano. Quanto ao resto, valorosos pilotos madeirenses que fazem questão em estar presentes e abrilhantar uma prova que já foi das melhores da Europa. Dignamente à procura da sua identidade, o Rali Vinho Madeira espera ansiosamente que a crise abrande e que despontem novos rumos para uma prova que merece melhor sorte.
