Ficar ou sair do Algarve e Baixo Alentejo. Esta a grande questão para o ACP em relação a uma das provas mais apetecíveis do calendário do WRC. A sul tudo rola sobre esferas. Os mecanismos estão mais do que ensaiados e o figurino agrada a “gregos e a troianos”, sem pesar os custos que, segundo parece, são bastante mais acesséveis no sul do país. O Vodafone Rally de Portugal “já anda sózinho” com a máquina montada por estas paragens. Deslocar o espectáculo para norte é óbviamente possível, mas implica muitos envolvimentos, mais gastos e uma atenção muito especial em termos de segurança. A equipa organizadora é das melhores do mundo e já trabalha na possibilidade de fazer deslocar a prova para norte. Sebe-se que o entusiasmo do público nortenho multiplica o impacto do evento. Se tudo correr bem, essa será sem dúvida a receita ideal, embora seja exigível o envolvimento de todas as autarquias do norte do país e também do próprio governo. Os tempos mudam sem sombra de dúvidas. Até Sebastian Loeb se mudou do WRC para o WTCC, depois de nove títulos mundiais consecutivos. O nosso figurino também deverá mudar, embora tenham de ser muito bem ponderadas as consequências das mudanças. Para 2014 está tudo pronto. Para o próximo ano está quase tudo pronto, independentemente da prova se realizar a norte ou a sul. Agora só falta fazer contas para que o fantástico impacto das prova possa continuar a trazer mais valias para Portugal e para a organização. O maior evento desportivo do país está a poucos dias de ir para a estrada. No dia 3 de abril o Vodafone Rally de Portugal regressa à faustosa sala de espectáculos dos jardins do Casino Estoril. Através de imagens estonteantes numa marginal única de mar e de rio, os protagonistas dirigem-se para Lisboa, para na Praça do Império entre o Mosteiro dos Jerónimos e o Centro Cultural de Belém colocarem a “Super Especial de Lisboa” ao rubro com a exibição das grandes estrelas do WRC.
Para a edição deste ano, claro que o favoritismo volta a assentar em Sebastien Ogier e nos VW Polo WRC oficiais. No entanto há muitos quilómetros a percorrer, com Citroen, Ford e Hyundai a pretenderem inverter favoritismos. É a grande emoção de uma das provas mundiais mais emblemáticas, que entre 3 e 6 de abril vai abrir as janelas de um país que continua a fascinar pelas capacidades de quem continua a insistir que Portugal é um país de muitos encantos.
