Hoje o percurso do Africa Race foi sempre assim, como mostra esta espectacular imagem registada pelo português Jorge Cunha, da agência Aifa, fotógrafo oficial da maratona africana, que está a acompanhar a bordo de um helicóptero. Boa parte dos 358 km do sector selectivo foram um autêntico mar de dunas, onde foi preciso navegar bem para sobreviver. E o MAN 2000 TGS de Elisabete Jacinto, Marco Cochinho e José Marques não só sobreviveu, como terminou esta ronda em torno de Azougi como o terceiro mais rápido dos camiões, somente batido pelos dois Kamaz oficiais.
Elisabete Jacinto, que continua apostada em conquistar boas classificações etapa após etapa, revelou que o percurso de hoje foi: “verdadeiramente duro e desgastante. Passámos por zonas de dunas muito complicadas de transpor e por duas vezes tivemos que parar para retirar o camião da areia. E se ontem não perdemos tempo a cavar, hoje foi um dia de dar trabalho à pá. Mas, não fomos os únicos com dificuldades. Também os potentes KAMAZ e o TATRA do Tomecek ficaram enterrados nas zonas de areia mole e não tiveram a vida facilitada. Apesar de ter sido uma etapa muito complicada conseguimos chegar em terceiro lugar da categoria camião. Estamos de rastos, mas felizes pelo bom resultado”, afirmou a portuguesa.
Este resultado permitiu à formação lusa ascender ao quinto posto absoluto dos camiões, bem como ao 15º lugar da classificação conjunta com os automóveis. E ainda há mais alguns dias para que Elisabete e os seus companheiros prossigam com a recuperação que vêm a empreender desde o atraso sofrido em Marrocos, devido a um problema com um apoio dos amortecedores dianteiros.
