Dentro de uma semana, saberemos em traços gerais como vai ser a próxima edição do Rali Dakar. Já sabemos que não irá ao Chile, pelo menos em 2016: a A.S.O. e o Governo chileno anunciaram em conjunto uma “pausa” nas visitas da prova ao país mais comprido do mundo, invocando que as verbas dispendidas para receber o rali serão necessárias para reparar os enormes danos causados pelas inundações que afectaram gravemente a região do Atacama (na foto, como o Mitsubishi ASX Racing de Carlos Sousa a passar…), precisamente aquela que mais vezes foi percorrida pela caravana, nos sete anos em que o “Dakar” andou pelo Chile. Todavia, este é, claramente, “um mal que vem por bem”, já que a organização estava a sentir cada vez mais dificuldades em encontrar percursos susceptíveis de ser autorizados, na medida em que todas as propostas tinham de ser validadas por uma comissão de arqueólogos, que impunham restrições cada vez maiores. O cúmulo foi nesta edição a detenção e julgamento de dois concorrentes, que foram encontrados desviados do percurso, num desses lugares interditos, de acordo com a avaliação dos arqueólogos. E se o Chile se fecha ao rali, abrem-se outros países. E podem mesmo reabrir-se alguns já conhecidos. Neste último caso, o regresso ao Perú é uma hipótese a considerar, ultrapassados que foram os “acertos de contas” que levam a abandonar este país. E quanto aos novos “candidatos”, há que contar desde já com três, começando pelo Brasil, que já manifestou interesse em acolher a prova num dos seus estados do sul, bem como o Uruguai e o Paraguai. Para já, há uma grande diversidade de cenários possíveis. Quem quer adivinhar o percurso certo?
por: Alexandre CorreiaCoragem e ousadia são palavras que hoje se pronunciam com raridade, apesar de firmeza e convicção serem sinónimos utilizados cada vez mais para disfarçar...